Mercado brasileiro de farinhas e gorduras passou a ter um maior reconhecimento internacional, tendo sido adicionado ao Projeto Brazilian Renderers 2019-2021 uma nova vertical, os hemoderivados de origem animal.
Lista de códigos da nomeclatura comum do Mercosul (NCM)/NBS apoiados pelo projeto por vertical
Vertical | Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM) |
Gorduras de Origem Animal | 1501.10.00 – Banha de porco |
1501.20.00 – Outras gorduras de porco | |
1501.90.00 – Gordura de aves | |
1502.10.11 – Sebo bovino, em bruto | |
1502.10.12 – Sebo bovino fundido (incluindo o premier jus) | |
1502.10.19 – Outros sebos bovinos | |
1502.10.90 – Outras gorduras bovinas | |
1504.10.11 – Óleos de fígados de bacalhau, em bruto | |
1504.10.19 – Outros óleos de fígados de bacalhau | |
1504.10.90 – Óleos de fígados de outros peixes e respectivas frações | |
1504.20.00 – Gorduras e óleos de peixes e respectivas frações, exceto óleos de fígados | |
1506.00.00 – Outras gorduras e óleos animais, e respectivas frações, mesmo refinados, mas não quimicamente modificados | |
1516.10.00 – Gorduras e óleos animais e respectivas frações | |
1502.90.00 – Gorduras ovinas ou caprinas | |
1518.00.90 – Gorduras e óleos animais ou vegetais; produtos da sua dissociação; misturas ou preparações não alimentícias | |
Farinhas de Origem Animal | 0504.00.19 – Tripas de outros animais (exceto peixes), frescos, refrigerados, congelados, salgados ou em salmoura, secos ou defumados |
0504.00.90 – Bexigas e estômagos, de animais, exceto peixes, frescas, etc. | |
2301.10.10 – Farinhas, pós e pellets, de carnes; torresmos, impróprios para alimentação humana | |
2301.10.90 – Farinhas, pós e pellets, de miudezas; torresmos, impróprios para alimentação humana | |
2301.20.10 – Farinhas, pós e pellets, de peixes, impróprios para alimentação humana | |
2301.20.90 – Farinhas, pós e pellets, de crustáceos, de moluscos ou de outros invertebrados aquáticos, impróprios para alimentação humana | |
2309.90.90 – Resíduos e desperdícios das indústrias alimentares, preparações dos tipos utilizados na alimentação de animais | |
0505.90.00 – Outros produtos de origem animal; peles e outras partes de aves, com as suas penas ou penugem, penas e partes de penas (mesmo aparadas) | |
0511.99.99 – Outros produtos de origem animal; animais mortos dos Capítulos 1 ou 3, impróprios para alimentação humana | |
0506.90.00 – Outros produtos de origem animal; ossos e núcleos córneos, em bruto, desengordurados ou simplesmente preparados; pós e desperdícios | |
Hemoderivados | 3002.12.29 – Outras frações do sangue, exceto as preparadas como medicamentos |
O Que é NCM SH?
O NCM representa uma nomenclatura que identifica códigos de oito dígitos para produtos diversos, que vão desde: produtos de origem animal, como o leite, têxteis e metais.
Essa classificação foi determinada após a criação do Decreto Nº1568 da Nomenclatura Comum do Mercosul – NCM, no ano de 1995. Essa criação considerava aspectos do método de codificação conhecido como Sistema Harmonizado de Designação e de Codificação de Mercadorias (SH).
O NCM SH é um de especificação internacional de mercadorias. Ele é composto por códigos com a descrição de características específicas dos produtos.
Perfil de potenciais compradores
O reconhecimento dos benefícios de se utilizar matérias-primas de origem animal na composição de produtos, tem provocado um movimento de difusão nos mercados consumidores dos produtos da reciclagem animal. Inicialmente, o setor fabricava produtos destinados a nutrição animal. Apesar de atualmente ainda ser o principal mercado, outros setores se aproveitam de seus benefícios, como petfood, higiene e limpeza, químicas, biocombustíveis e diversos outros.
As farinhas e gorduras de origem animal são ingredientes para sabonetes, detergentes, cosméticos, pneus, ração animal, fertilizantes, biodiesel e uma infinidade de itens que utilizamos diariamente. O consumo de farinhas de origem animal se dá, notadamente, na própria cadeia de produção animal, em dietas de aves, suínos e peixes, sendo a avicultura responsável por consumir a maioria das farinhas destinadas à produção animal. Já a alimentação dos nossos animais de companhia, cães, gatos e demais, consome as farinhas de peixes, de aves e de carne e ossos de bovinos. É importante informar que é proibido utilizar farinhas e gorduras de origem animal na alimentação de ruminantes (bois, vacas, búfalos, ovelhas e cabras). Estes animais devem ser alimentados apenas com capim ou alimentos de origem vegetal, como milho, soja e outros. As farinhas ainda são utilizadas como ingrediente na produção de adubos/fertilizantes orgânicos para pastagens e lavouras de soja, milho, algodão, trigo.
Já as gorduras, como o sebo bovino, óleo de aves, graxa branca suína e óleo de peixe, vão para a indústria de cosméticos e produtos de higiene e limpeza para produzir: shampoos, sabonetes, detergentes, esmaltes, cremes de pele e maquiagens, dentre outros. Na indústria petroquímica, a gordura de origem animal é utilizada para produzir pneus, tintas, vernizes e lubrificantes, dentre outros. Também se produz biodiesel a partir da gordura de origem animal, um combustível menos poluente e mais sustentável, e que movimenta carros, caminhões e indústrias. O biodiesel, atualmente, é o principal destino das gorduras, ultrapassando nos últimos anos o mercado de higiene e limpeza. No Brasil, as gorduras de origem animal são destinadas principalmente para o mercado de biodiesel e nutrição animal. O sebo é a principal produto dessa categoria, com participação de quase 70%, seguido do Óleo de Aves, com cerca de 24%. Juntos esses dois produtos somam mais de 90% da produção brasileira:
O mercado de Biodiesel, por exemplo, passou de 3º maior consumidor de gorduras em 2010 para o principal destino em 2014, permanecendo nessa colocação em 2016. Naquele ano foram destinadas cerca de 5,16 milhões de toneladas de farinhas e gorduras de origem animal, sendo o principal destino a nutrição animal.
Mercados Alvos
Além de priorizar a manutenção dos mercados já consolidados, ao observar o volume exportado em relação ao que é produzido no país, cabe considerar que há oportunidade de resgatar mercados e para ampliar as exportações. Recentemente, foram identificados pela Apex-Brasil 46 países com potencial de importação, o que orientou a ABRA na seleção de mercados prioritários e secundários como alvos da exportação para suas empresas. A análise realizada, considerando um elenco de 85 indicadores, ofereceu como ponto de partida para priorização dos alvos de exportação.
A escolha dos mercados prioritários somou as informações levantadas pela Apex-Brasil com a experiência dos empresários, respeitando o investimento já realizado com iniciativas negociais que foram bem-sucedidas em países como o Chile e Colômbia.
PRIORITÁRIOS | SECUNDÁRIOS |
África do Sul | Arábia Saudita |
Chile | Argentina |
Colômbia | Canadá |
Estados Unidos | Cingapura |
Vietnã | Bolívia |
Indonésia | Egito |
Rússia | Gana |
Tailândia | Honduras |
Hong Kong | Índia |
Japão | |
Malásia | |
México | |
Nigéria | |
Peru | |
Reino Unido | |
Turquia | |
Equador | |
China | |
Filipinas | |
Coreia Do Sul |