Mercado brasileiro de farinhas e gorduras passou a ter um maior reconhecimento internacional, tendo sido adicionado ao Projeto Brazilian Renderers 2024-2025 uma nova vertical, os hemoderivados de origem animal.
Lista de códigos da nomeclatura comum do Mercosul (NCM)/NBS apoiados pelo projeto por vertical
FARINHAS DE ORIGEM ANIMAL NÃO COMESTÍVEIS | ||
SH | NCM/NBS | Descrição |
230110 | 2301.10.10 | Farinhas, pós e pellets, de carnes- torresmos, impróprios para alimentação humana |
230110 | 2301.10.90 | Farinhas, pós e pellets, de miudezas- torresmos, impróprios para alimentação humana |
230120 | 2301.20.10 | Farinhas, pós e pellets, de peixes, impróprios para alimentação humana |
230120 | 2301.20.90 | Farinhas, pós e pellets, de crustáceos, de moluscos ou de outros invertebrados aquáticos, impróprios para alimentação humana |
230990 | 2309.90.90 | Resíduos e desperdícios das indústrias alimentares; alimentos preparados para animais - Preparações dos tipos utilizados na alimentação de animais |
GORDURAS DE ORIGEM ANIMAL NÃO COMESTÍVEIS | ||
SH | NCM/NBS | Descrição |
150110 | 1501.10.00 | Banha de porco |
150120 | 1501.20.00 | Outras gorduras de porco |
150190 | 1501.90.00 | Gordura de aves |
150210 | 1502.10.11 | Sebo bovino, em bruto |
150210 | 1502.10.12 | Sebo bovino fundido (incluindo o premier jus) |
150210 | 1502.10.19 | Outros sebos bovinos |
150210 | 1502.10.90 | Outras gorduras bovinas |
150290 | 1502.90.00 | Gorduras ovinas ou caprinas |
150410 | 1504.10.11 | Óleos de fígados de bacalhau, em bruto |
150410 | 1504.10.19 | Outros óleos de fígados de bacalhau |
150410 | 1504.10.90 | Óleos de fígados de outros peixes e respectivas frações |
150420 | 1504.20.00 | Gorduras e óleos de peixes e respectivas frações, exceto óleos de fígados |
150600 | 1506.00.00 | Outras gorduras e óleos animais, e respectivas frações, mesmo refinados, mas não quimicamente modificados |
151610 | 1516.10.00 | Gorduras e óleos animais e respectivas frações |
151800 | 1518.00.90 | Outras gorduras e óleos animais/vegetais cozidos, oxidados, etc |
HEMODERIVADOS DE ORIGEM ANIMAL NÃO COMESTÍVEIS | ||
SH | NCM/NBS | Descrição |
051199 | 0511.99.99 | Outros produtos de origem animal, impróprios para alimentação humana |
300212 | 3002.12.29 | Outras frações do sangue, exceto as preparadas como medicamentos |
PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL (POA) NÃO COMESTÍVEIS IN NATURA | ||
SH | NCM/NBS | Descrição |
050400 | 0504.00.90 | Bexigas e estômagos, de animais, exceto peixes, frescas etc. |
050590 | 0505.90.00 | Peles e outras partes de aves, com suas penas, penugem etc. |
050690 | 0506.90.00 | Outros ossos e núcleos córneos, em bruto, desengordurado etc. |
O Que é NCM SH?
O NCM representa uma nomenclatura que identifica códigos de oito dígitos para produtos diversos, que vão desde: produtos de origem animal, como o leite, têxteis e metais.
Essa classificação foi determinada após a criação do Decreto Nº1568 da Nomenclatura Comum do Mercosul – NCM, no ano de 1995. Essa criação considerava aspectos do método de codificação conhecido como Sistema Harmonizado de Designação e de Codificação de Mercadorias (SH).
O NCM SH é um de especificação internacional de mercadorias. Ele é composto por códigos com a descrição de características específicas dos produtos.
Perfil de potenciais compradores
O reconhecimento dos benefícios de se utilizar matérias-primas de origem animal na composição de produtos, tem provocado um movimento de difusão nos mercados consumidores dos produtos da reciclagem animal. Inicialmente, o setor fabricava produtos destinados a nutrição animal. Apesar de atualmente ainda ser o principal mercado, outros setores se aproveitam de seus benefícios, como petfood, higiene e limpeza, químicas, biocombustíveis e diversos outros.
As farinhas e gorduras de origem animal são ingredientes para sabonetes, detergentes, cosméticos, pneus, ração animal, fertilizantes, biodiesel e uma infinidade de itens que utilizamos diariamente. O consumo de farinhas de origem animal se dá, notadamente, na própria cadeia de produção animal, em dietas de aves, suínos e peixes, sendo a avicultura responsável por consumir a maioria das farinhas destinadas à produção animal. Já a alimentação dos nossos animais de companhia, cães, gatos e demais, consome as farinhas de peixes, de aves e de carne e ossos de bovinos. É importante informar que é proibido utilizar farinhas e gorduras de origem animal na alimentação de ruminantes (bois, vacas, búfalos, ovelhas e cabras). Estes animais devem ser alimentados apenas com capim ou alimentos de origem vegetal, como milho, soja e outros. As farinhas ainda são utilizadas como ingrediente na produção de adubos/fertilizantes orgânicos para pastagens e lavouras de soja, milho, algodão, trigo.
Já as gorduras, como o sebo bovino, óleo de aves, graxa branca suína e óleo de peixe, vão para a indústria de cosméticos e produtos de higiene e limpeza para produzir: shampoos, sabonetes, detergentes, esmaltes, cremes de pele e maquiagens, dentre outros. Na indústria petroquímica, a gordura de origem animal é utilizada para produzir pneus, tintas, vernizes e lubrificantes, dentre outros. Também se produz biodiesel a partir da gordura de origem animal, um combustível menos poluente e mais sustentável, e que movimenta carros, caminhões e indústrias. O biodiesel, atualmente, é o principal destino das gorduras, ultrapassando nos últimos anos o mercado de higiene e limpeza. No Brasil, as gorduras de origem animal são destinadas principalmente para o mercado de biodiesel e nutrição animal. O sebo é a principal produto dessa categoria, com participação de quase 70%, seguido do Óleo de Aves, com cerca de 24%. Juntos esses dois produtos somam mais de 90% da produção brasileira:
O mercado de Biodiesel, por exemplo, passou de 3º maior consumidor de gorduras em 2010 para o principal destino em 2014, permanecendo nessa colocação em 2016. Naquele ano foram destinadas cerca de 5,16 milhões de toneladas de farinhas e gorduras de origem animal, sendo o principal destino a nutrição animal.
Mercados Alvos
Além de priorizar a manutenção dos mercados já consolidados, ao observar o volume exportado em relação ao que é produzido no país, cabe considerar que há oportunidade de resgatar mercados e para ampliar as exportações. Recentemente, foram identificados pela Apex-Brasil 46 países com potencial de importação, o que orientou a ABRA na seleção de mercados prioritários e secundários como alvos da exportação para suas empresas. A análise realizada, considerando um elenco de 85 indicadores, ofereceu como ponto de partida para priorização dos alvos de exportação.
A escolha dos mercados prioritários somou as informações levantadas pela Apex-Brasil com a experiência dos empresários, respeitando o investimento já realizado com iniciativas negociais que foram bem-sucedidas em países como o Chile e Colômbia.
PRIORITÁRIOS | SECUNDÁRIOS |
África do Sul | Argentina |
Chile | Bangladesh |
China | Canadá |
Colômbia | Coreia do Sul |
EUA | Costa Rica |
Filipinas | Equador |
Indonésia | Espanha |
Malásia | Gana |
México | Honduras |
Vietnã | Índia |
Japão | |
Moçambique | |
Nigéria | |
Peru | |
Países Baixos (Holanda) | |
República Dominicana | |
Rússia | |
Tailândia |